quinta-feira, 21 de junho de 2012

Mercado Imobiliário - Financiamentos na região do ABC avançam 34% em 12 meses

Os bancos situados nas sete cidades da região disponibilizaram R$ 16,78 bilhões em financiamentos para pessoas físicas e jurídicas no mês de março, segundo último levantamento do Estban (Estatística Bancária por município) feito pelo Banco Central. O montante é 34% maior em relação ao mesmo mês de 2011 quando foram contabilizados R$ 12,48 bilhões. Do total, 59% foram direcionados para empréstimos de títulos descontados - usados pelas empresas para conseguir capital junto aos bancos - e 24% para o crédito imobiliário. Os 17% restantes foram captados para outros financiamentos.
"No Grande ABC, o volume de trabalhadores e da massa salarial é elevado, o que viabiliza o acesso mais fácil ao crédito. Também há a política do governo de incentivo ao consumo para alavancar a economia", comentou o professor de Economia da Universidade Metodista de São Paulo Sandro Maskio.
Para o professor de Economia da USCS (Universidade de São Caetano) Radamés Barone, não à toa o financiamento imobiliário representa 24% dos recursos emprestados pelas instituições financeiras. "O crescimento aqui é vertical, ou seja, há muitas construções. E diante das ofertas e dos lançamentos de imóveis a demanda por crédito se acelera", explicou. De acordo com a Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), as vendas de imóveis na região cresceram 26,4% nos três primeiros meses frente ao mesmo período de 2011. Foram 1.427 unidades comercializadas contra 1.129 no ano passado.
O que também está impulsionando esse mercado são as mudanças divulgadas pelos bancos nos últimos meses e que prometem facilitar o acesso ao crédito imobiliário. A Caixa Econômica Federal anunciou a extensão do prazo de financiamento imobiliário de 30 para 35 anos, por exemplo, o que facilita a compra da casa própria, já que a prestação acaba sendo reduzida em função do tempo maior para pagar o saldo devedor. "Há mais bancos interessados tantos nos clientes finais como nas construtoras. Se o cliente não consegue uma condição que deseja em um, ele vai para outro", explicou o diretor da Regional Santo André do SindusCon-SP, Sergio Ferreira dos Santos.
A gerente de vendas da Gonçalves Imóveis, em São Bernardo, Maria Marta da Cunha, conta que, em seu departamento, o número de vendas voltou a acelerar. Em abril foram duas e, no mês passado, foram cinco. "O crédito imobiliário é usado em 95% das compras. É um público que financia entre R$ 200 mil e R$ 450 mil e que tem renda a partir de R$ 3.000", salientou Maria. O gerente de investimentos da Guaíra New Corporation, Carlos Neto, também já contabiliza aumento da demanda. "Houve acréscimo na procura de 25% em maio na relação com abril", disse.

Fonte: "Erica Martin" do Diário do Grande ABC

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