sexta-feira, 29 de junho de 2012

Mercado imobiliário ainda aquecido

O desempenho do setor imobiliário tem dado prosseguimento ao boom vivenciado a partir de 2007 no País.
Em todo o território nacional, houve avanço desse setor, com destaques para algumas regiões.
As variáveis de renda, nível de emprego, taxa de juros e oferta de crédito, além de incentivos do governo e otimismo em relação ao cenário econômico, contribuíram de forma relevante para que a demanda do setor imobiliário se mantivesse aquecida nos últimos anos.
Os saques do FGTS para moradia também têm ilustrado o aquecimento da demanda do setor, conforme é possível observar na tabela abaixo.
simoneescudero-coluna

Programas do Governo visando minimizar o déficit habitacional estimularam as vendas do setor para as classes menos abastadas.
O aumento do crédito permitiu em alguns casos - para a classe média alta, por exemplo - financiamentos em imóveis de maior valor, ou ainda, em dois ou mais imóveis de valores mais baixos, estimulando investimentos no segmento imobiliário.
A redução de IPI para diversos materiais de construção contribuiu para a redução dos custos das construtoras, implicando no aumento das margens ou ainda, no repasse aos consumidores e consequentemente a aceleração das vendas.
O setor também se tornou alvo de investimentos, sendo que a valorização do metro quadrado ocorrida nos últimos anos esteve acima de qualquer outro investimento do mercado.
Estima-se que haja a continuidade dessa boa fase do setor imobiliário durante o ano de 2012 e os dois anos subseqüentes, porém com algumas ressalvas:
  • O aquecimento do setor não se dará de forma homogênea entre as regiões, sendo que alguns estados obterão melhores desempenhos quando comparados a outros;
  • Os diversos incentivos do governo para com o setor deverão continuar como forma de estimular a demanda;
  • O endividamento da população, bem como o comprometimento da renda das famílias, serão inibidores de um melhor desempenho do mercado imobiliário;
  • Para que haja continuidade de crescimento, as variáveis econômicas no País e no mercado global deverão permanecer estáveis ou apresentar melhoras em relação ao atual cenário.

Fonte: Simone Escudêro –  Diretora de Projetos e Estudos de Mercados – All Consuling

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Mercado Imobiliário - Financiamentos na região do ABC avançam 34% em 12 meses

Os bancos situados nas sete cidades da região disponibilizaram R$ 16,78 bilhões em financiamentos para pessoas físicas e jurídicas no mês de março, segundo último levantamento do Estban (Estatística Bancária por município) feito pelo Banco Central. O montante é 34% maior em relação ao mesmo mês de 2011 quando foram contabilizados R$ 12,48 bilhões. Do total, 59% foram direcionados para empréstimos de títulos descontados - usados pelas empresas para conseguir capital junto aos bancos - e 24% para o crédito imobiliário. Os 17% restantes foram captados para outros financiamentos.
"No Grande ABC, o volume de trabalhadores e da massa salarial é elevado, o que viabiliza o acesso mais fácil ao crédito. Também há a política do governo de incentivo ao consumo para alavancar a economia", comentou o professor de Economia da Universidade Metodista de São Paulo Sandro Maskio.
Para o professor de Economia da USCS (Universidade de São Caetano) Radamés Barone, não à toa o financiamento imobiliário representa 24% dos recursos emprestados pelas instituições financeiras. "O crescimento aqui é vertical, ou seja, há muitas construções. E diante das ofertas e dos lançamentos de imóveis a demanda por crédito se acelera", explicou. De acordo com a Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), as vendas de imóveis na região cresceram 26,4% nos três primeiros meses frente ao mesmo período de 2011. Foram 1.427 unidades comercializadas contra 1.129 no ano passado.
O que também está impulsionando esse mercado são as mudanças divulgadas pelos bancos nos últimos meses e que prometem facilitar o acesso ao crédito imobiliário. A Caixa Econômica Federal anunciou a extensão do prazo de financiamento imobiliário de 30 para 35 anos, por exemplo, o que facilita a compra da casa própria, já que a prestação acaba sendo reduzida em função do tempo maior para pagar o saldo devedor. "Há mais bancos interessados tantos nos clientes finais como nas construtoras. Se o cliente não consegue uma condição que deseja em um, ele vai para outro", explicou o diretor da Regional Santo André do SindusCon-SP, Sergio Ferreira dos Santos.
A gerente de vendas da Gonçalves Imóveis, em São Bernardo, Maria Marta da Cunha, conta que, em seu departamento, o número de vendas voltou a acelerar. Em abril foram duas e, no mês passado, foram cinco. "O crédito imobiliário é usado em 95% das compras. É um público que financia entre R$ 200 mil e R$ 450 mil e que tem renda a partir de R$ 3.000", salientou Maria. O gerente de investimentos da Guaíra New Corporation, Carlos Neto, também já contabiliza aumento da demanda. "Houve acréscimo na procura de 25% em maio na relação com abril", disse.

Fonte: "Erica Martin" do Diário do Grande ABC

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Resumo do mercado imobiliário brasileiro - Especial Imóveis Revista Exame


Mesmo com alguns índices de aumento de preço dos imóveis em diversas cidades, o mercado imobiliário brasileiro já presencia um cenário de estabilidade. É o que diz a última edição da Revista Exame na matéria de capa "Especial Imóveis - Hora de comprar ou de vender?", que compartilha o resultado de uma pesquisa interessantíssima sobre o mercado imobiliário nas principais cidades do país. O interessante do estudo é que não somente mostra números, mas também apresenta ao leitor características e o "estágio" do mercado imobiliário de cada região.
 
Abaixo compartilho com vocês um breve resumo sobre algumas das cidades apresentadas:


SÃO PAULO
  • São Paulo 
Preço médio dos imóveis usados: R$ 6.295,00 - Alta em 12 meses 24,7%
Preço médio dos imóveis novos R$ 6.110,00

São Paulo a maior cidade do país, não deixa de ser um retrato do Brasil. O mercado viveu dias de euforia absoluta, agora passa por um período mais calmo. A velocidade de vendas foi reduzida a um terço. A tendência é procurar casas maiores em novos bairros. Há também uma geração de compradores em busca de boa infraestrutura e serviços, como estações de metrô.

  • Santos 
Preço médio de imóveis usados: R$ 4.252,00 - Alta em 12 meses 30,8%
Preço médio dos imóveis novos: R$ 6.390,00

Em Santo os imóveis usados registraram a segunda maior valorização do país. Há pouco espaço para novos edifícios em áreas mais nobres da cidade. As construtoras estão em busca de regiões ainda pouco exploradas que há pouco tempo estavam degradadas. 

  • Região do ABC 
São Bernardo
Preço médio dos imóveis usados R$ 3.635 - Alta em 12 meses 19,3%

Santo André
Preço médio dos imóveis usados R$ 3.581 - Alta em 12 meses 12,2%

São Caetano
Preço médio dos imóveis usados R$ 4.266 - Alta em 12 meses 16,6%

A proximidade com SP tem aumentado o apelo a região do ABC. Das três cidades que formam a região, São Caetano é a mais valorizada. Em termos de expansão, São Bernardo é a principal do ABC.


Transcrição da Revista Exame - Edição 1017 - 30/05/2012
Matéria de: Giuliana Napolitano, Carolina Meyer e Fabiane Stefano

quarta-feira, 6 de junho de 2012

R$ 4,6 bi em imóveis de altíssimo luxo

De acordo com levantamento de um banco europeu, este é o potencial de mercado desse setor nos próximos cinco anos no Brasi

Uma população crescente de milionários vem impulsionando o mercado imobiliário de altíssimo luxo no Brasil. O setor tem potencial para gerar R$ 4,6 bilhões em negócios no País nos próximos cinco anos, segundo levantamento do banco europeu Haliwell Financial Group, especializado em gestão de fortunas. Segundo o estudo, que analisa os hábitos de consumo dessa parcela da população e foi adiantado ao Estado, 54% dos milionários brasileiros pretendem adquirir um novo imóvel residencial no período de cinco anos. "A escolha é baseada principalmente no bem-estar. Esse consumidor quer conforto e mais espaço para hobbies. Áreas verdes e fácil acesso a estradas e saídas também são itens valorizados", diz o vice-presidente para a América Latina do Haliwell Financial Group, Emerson de Pieri.

Em um período de sete anos, entre 2003 e 2010, o número de milionários brasileiros deu um salto de 72%. Os dados mais recentes apontam para um grupo de cerca de 138 mil pessoas, concentradas sobretudo no Estado de São Paulo. O cálculo considerou indivíduos com mais de US$ 1 milhão em ativos e dinheiro, excluindo o imóvel em que residem e dois automóveis. 

O status, segundo o estudo, é o principal motivador na hora da compra de um imóvel residencial de alto luxo, seguido da facilidade de locomoção e da perspectiva de valorização. "O grande desafio nesse nicho é conseguir surpreender. É um cliente detalhista, que busca projetos exclusivos", afirma Luciano Amaral, diretor de incorporações da construtora JHSF, focada em empreendimentos de alto padrão. O primeiro passo, explica o executivo, é escolher um bom terreno e depois fazer um forte trabalho de marca, que envolva atendimento personalizado. 

Liderança. Reduto de endinheirados, São Paulo ainda é a estrela do mercado imobiliário de luxo. O Estado reúne quase metade da população de milionários do País - 63.398 pessoas - e abriga as maiores fortunas. Desse montante, 45% estão na região metropolitana, onde o setor tem crescido de olho na terceira idade e bairros "alternativos".

"Há uma demanda forte nesse segmento, que não é afetada pelas crises econômicas", diz o diretor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), Luiz Paulo Pompéia. Segundo ele, no período entre 1990 e 2005 produziu-se pouco para esse público na área metropolitana paulista, movimento que começou a ser revertido em meados de 2006. "É um produto que tem liquidez muito boa, mas é preciso acertar a localização e o projeto de arquitetura", destaca. 

Ainda são poucos os bairros da capital paulista que comportam empreendimentos desse tipo, mas já é possível ver os primeiros sinais de mudança. Levantamento da FipeZap a pedido do Estado mostra que regiões como Barra Funda, Lapa, Santana, Vila Leopoldina e Vila Mariana tiveram crescimento expressivo de moradores com alto poder aquisitivo em uma década. 

Em 2000, apenas 4,1% dos domicílios da Barra Funda tinham renda mensal acima de R$ 20 mil, índice que saltou para 9,3% em 2010, segundo o Censo. "Atualmente as pessoas com alto poder aquisitivo estão espalhadas pela cidade, pois há opções variadas em diferentes bairros. Não existe mais um padrão de alto luxo no setor imobiliário", diz Fábio Rossi Filho, diretor de lançamentos do Secovi-SP.

A mudança, segundo fontes do setor, reflete principalmente a escassez de terrenos nos bairros mais valorizados, como Ibirapuera, Vila Nova Conceição, Jardim Paulistano, Chácara Itaim, Vila Olímpia e Morumbi. O potencial de alta dos preços também é um diferencial. "A valorização nesses bairros mais afastados é extremamente superior à dos empreendimentos nas regiões top de linha", afirma Pieri.

Pirâmide etária. "Estamos começando a nos tornar um país da terceira idade. Parte desse público tem INSS e aposentadoria privada e passa a ser relevante para o mercado de altíssimo padrão", ressalta Pompéia, da Embraesp. 

De olho nesses clientes, e também em jovens e divorciados, ganha força o conceito de dois dormitórios de alto luxo. Tradicionalmente voltado à classe média, esse tipo de imóvel também passou a ser disputado pelos endinheirados. Área social grande, varanda mais ampla e número maior de vagas na garagem distinguem os projetos. 

A demanda já se mostrou grande. Lançadas em 2005 pela JHSF, as nove torres residenciais do empreendimento Parque Cidade Jardim foram vendidas em menos de um ano. Os apartamentos de duas suítes, de 240 m² cada, foram negociados à época por R$ 6 mil o m². Atualmente, segundo a construtora, chega a R$ 16 mil o m², uma valorização de 166% em sete anos. 

 Fonte: http://www.estadao.com.br

terça-feira, 5 de junho de 2012

BB estima crescer mais de 100% em imóveis neste ano


O Banco do Brasil estima que sua carteira de crédito imobiliário cresça acima de 100% neste ano. Um dos estímulos para isso é a redução de juros anunciada nesta sexta-feira para o segmento, destaca o vice-presidente de Negócios de Varejo do Banco do Brasil, Alexandre Abreu.

A meta inicial do BB para 2012 era que a carteira imobiliária crescesse até 100%. "Este número agora é o piso", disse o executivo em teleconferência nesta sexta-feira sem especificar qual o novo porcentual de expansão prevista.

O BB quer chegar ao final de 2014 ou no início de 2015 como o segundo maior banco no financiamento imobiliário, mercado hoje dominado pela Caixa Econômica Federal, com 75% dos empréstimos. O Itaú é o segundo colocado, com cerca de 9% do setor. O BB ocupa o quinto lugar, com aproximadamente 4%. "Nesse ritmo que estamos crescendo, temos condições de chegar ao segundo lugar", disse o diretor da área de crédito imobiliário do BB, Gueitiro Matsuo Genso.

Nesta sexta-feira, o BB anunciou redução das taxas do financiamento imobiliário. Para aquisição de imóveis de até R$ 500 mil, por exemplo, o juro foi reduzido de 10% ao ano mais a TR para 8,9% ao ano mais a TR. Com o pagamento das prestações em dia, a taxa cairá para 8,4%. Se o cliente também receber o salário no BB, a taxa será ainda menor, de 7,9% mais TR.

O BB financia imóveis residenciais, novos ou usados, em até 360 meses e até 90% do valor do imóvel. As taxas reduzidas entram em vigor para operações contratadas a partir de 04 de junho. Quem já tomou crédito habitacional no BB, segundo Matsuo, não vai poder ter direito às novas taxas. Segundo ele, os custos do refinanciamento inviabilizam a troca pelo juro menor.

Fonte: http://www.dgabc.com.br/