Atividade industrial deverá seguir em ritmo lento neste segundo trimestre.
O nível de otimismo dos empresários da construção civil,
calculado pelo ICI (Índice de Confiança da Indústria), ficou
praticamente estável entre abril e maio deste ano, informou a FGV
(Fundação Getulio Vargas) nesta segunda-feira (28).
O otimismo do setor passou de 103,3 para 103,4 pontos, o que
representa uma variação de 0,1%. O avanço é considerado tímido pela FGV,
uma vez que a alta acumulada é de apenas 2,7% desde novembro do ano
passado, após cair 12,1% nos dez primeiros meses de 2011.
Os resultados da FGV apontam para uma atividade industrial em ritmo
ainda lento neste segundo trimestre, com perspectiva de melhora gradual
ao longo dos últimos seis meses de 2012. Isso porque o índice da
situação atual, calculado pelo ISA, recuou 0,5% em maio, para 103,5
pontos.
Já o IE (Índice de Expectativas) acabou contrabalanceando a avaliação
do período ao avançar 0,9%, para 103,4 pontos. É o maior resultado
desde junho de 2011, quando foram registrados 106,5 pontos.
O aumento no número de empresas com estoques excessivos foi o
principal responsável pela queda no ISA, que mede a situação atual.
Em contrapartida, as empresas aproveitaram mais a capacidade
instalada em maio, apontou a FGV. O Nuci (Nível de Utilização da
Capacidade Instalada) passou de 83,9% em abril para 84% neste mês. O
índice é o maior desde julho de 2011 (84,1%), e superando em 0,2 ponto
percentual a média dos últimos 60 meses.